Um Anjo

Uma vez ouvira dizer

Que quando um sino toca

Um anjo ganhas asas.

Aquilo não lhe saía da cabeça.

E no pensamento de criança

Ele queria que tivesse anjos

Em todo lugar.

As moedas que ele guardava

Ganhadas do papai ou da madrinha,

Tiveram destino certo:

Comprar uma sinetinha.

Balançava o tempo todo

O sininho bem feliz

Pensando em anjos voando

Com as asas que lhes fiz

Ele não os via.

Algumas vezes duvidou.

Ele nunca vira Deus

Mas ele sempre o amou.

Seguia a sua vidinha

Do jeitinho que lhe ensinaram

Respeito, amizade e amor

A gente, animal ou flor.

E o sininho badalando

Ia por onde ele fosse.

De dia ou de noite

Ele pensava assim:

Deve ter muito anjo por aí.

Foi perto da praça

No final da rua de sua casa

Que viu uma coisa

Que marcou seu coração

Como se fosse com brasa.

Estava um frio danado

Duas crianças deitadas no banco

Tremendo sem cobertor.

Abraçados, bem quietinhos...

Ele sentiu aquela dor.

Correu em casa chamando:

Mãe,me ajuda por favor!

Tudo explicado aos prantos

Ela com amor e encanto

Beijo-lhe a testa e disse:

Vamos busca-los meu anjo!

Elicia Dock Holtz
Enviado por Elicia Dock Holtz em 11/11/2009
Reeditado em 11/11/2009
Código do texto: T1917659
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