Tempestade

Diz que lá no céu

O raio fez o clarão

Na negra nuvem que se estendia

Até onde os olhos alcançavam

E quase dava para tocá-la com a mão.

Aquela luz na escuridão

Do risco que cortou o céu

Não clareou a visão

Não tirou do dia

Aquele escuro véu...

Um lampejo de luz apenas

E a chuva começo a cair

Entre estrondos e ventania.

Uns choravam, o medo

Outros sorriam, a esperança

Tinha quem praguejasse, sem confiança.

E choveu até que se esgotasse

Cada gota da assustadora tempestade

Os trovões silenciassem

E os raios cessassem.

O sol estava lá

E as estrelas...

E com luz tão forte,

Ninguém conseguia vê-las.

Era preciso anoitecer.

E lua, brilhante no céu

Exibia lá do alto como troféu

A luz que recebia do sol

Que escondido da lua

Aparecia do outro lado do mundo

Depois de uma chuva.

De nada adiantou o medo

Em vão foram todas as blasfêmias

Só os que sorriram sabiam

Que a vida segue seu curso

Não se detém a coisas efêmeras

Só os que esperaram o sol chegar

É que puderam apreciar a ruidosa

Vida que tinha em cada gota de chuva

Que molhava o chão...

Enquanto a chuva caía

Alimentavam a esperança

Em seus corações.

Elicia Dock Holtz
Enviado por Elicia Dock Holtz em 10/11/2009
Reeditado em 10/11/2009
Código do texto: T1916145
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