ALADA, A FADA

Alada,a fada

Vento levou

Meu pente.

Tinha até um dente!

Procuro com lente,

Pela nuvem quente!

Cabelos em nó,

Pente no pó,

Estou tão só!

Só de dar dó!

Dó, ré, mi,

Fá, sol, lá, si...

Canto para ti.

Canto para o vento,

Agora bem lento.

Traz de volta,

Por favor, solta

Meu pente,

Sem tirar o dente.

Olha com lente,

Pelo pó,

Quente de dar dó,

E pela nuvem, tão só!

Dó-ré-mi- fá-fá

Fá-dó-ré-dó-ré

Ré-ré-dó-sol-fá-mi!

Canto só para ti.

De repente,

Na boca da serpente,

Vejo meu pente.

“Vento voando lento

entregou-me, sonolento,

pente e lente.

São teus,

Não meus.

Não tenho cabelos

Nem pelos.

Lente queima meus olhos

vermelhos”

Sussurrou rouca

A serpente.

Alada,

A fada,

Pegou pente, lente

E abraçou a serpente!

Dó-ré-mi-fá-

Sol-lá-si-dó...

De repente,

Kontente,

Rei do Poente,

Toma o lugar

Da serpente.

E Alada,

A fada,

E Kontente,

Rei do Poente,

Lá se vão.

Sua direção:

Nuvens do Oriente.

Nunca mais

Cabelos em nó,

Pente no pó,

fada tão só,

de dar dó!

Dó, ré, mi,

Fá, sol, lá, si...

Canto agora só para ti

Ilram Rekrem
Enviado por Ilram Rekrem em 04/11/2009
Reeditado em 04/11/2009
Código do texto: T1904960
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