Lucas, o Macaquinho Brincalhão
Lucas, o Macaquinho Brincalhão
Trepando no alto das árvores, Lucas, o macaquinho brincalhão, atirava belas folhas que planavam até ao chão.
A sua mãe dizia: “Lucas, Luquinhas, sossega meu filho, não paras quieto e procuras sarilho.”
Lucas, divertido, só queria brincar, chamava o primo Guido, e lá iam passear.
Subiam à montanha nevada, com seus pêlos gelados, atiravam-se na neve os macaquinhos engraçados.
Sentiam fome mas não havia o que comer, pobres macaquinhos, o que haveriam de fazer?
Teriam que voltar, e colher algumas frutas, depois regressavam e escondiam-se nas grutas.
Mas as grutas não eram de muita segurança, vivia lá o Grande Urso Bonança.
“Ó não, o que vai ser de nós, não veremos os nossos pais, nem irmãos, nem avós.”
O urso olhava-os com cara de malvado, e o Lucas estava apavorado.
“Guido, espera por mim, que vou chamar alguém”, mas o Lucas esqueceu-se que ali não havia ninguém.
Correu para a floresta, quase caiu, mas chegou cedo e logo partiu.
Levava consigo, a mãe e o pai, e também o Zidu, o macaquinho Samurai.
O Guido é que estava muito deprimido, pensou que o Lucas tinha fugido.
Mas o Lucas, era um amiguinho a valer, entrou na gruta e começou a dizer:
“Urso grande, és mau e comilão, mas eu trouxe companhia, e vou o ser o campeão”
“Vou saltar-te em cima com a ajuda do Zidu…”
O Urso Bonança riu fortemente…
“… Mas por que te ris, quem pensas que és tu?”
O Urso bem animado, disse num tom engraçado:
“Há tanto tempo que ninguém me fazia rir, entrem, entrem, é hora de divertir”
Todos ficaram com cara de surpresa, mas o Lucas, resmungão, disse com certeza:
“Não acreditem, ele quer-vos comer, se entrarem lá dentro, logo irão ver.”
O Urso continuava a gargalhar:
“Por favor, eu sou um urso bom, e adoro cozinhar, entrem comigo e vamos lanchar.”
Sem medo algum, decidiram ir, e passaram o dia todo lá dentro, a sorrir.
O Urso Bonança era um urso brincalhão, não fazia mal a ninguém e detestava confusão.
Só queria ter amigos que lhe fizessem companhia, o Lucas e os outros davam-lhe muita alegria.
O Lucas aprendeu que não se deve julgar os outros pela aparência, primeiro é preciso conversar e ter alguma paciência.
E acaba aqui a história, sem brigas nem confusão.
Um aplauso ao Lucas, o macaquinho brincalhão!
Lacrima D’Oro