PERERECA

Perereca
nem sempre quis comigo brincar,
enquanto saltava de aqui pra acolá,
e de acolá pra cá.

 
Que Perereca
tão enxerida e esperta
que nem sequer deixou que nela
eu tão só pudesse tocar.

 
Dava vários saltinhos
só para querer mostrar que a dona cobra
nem sequer poderia seus
saltos acompanhar.

 
Que ledo engano...
Que inocente imaginação...
de sonhos tão puros dessa que tão somente
se deixou enganar pelas coisas
vindas do coração.

 
Quando de mansinho
e bem ligeirinho a danada da minha Cobra
abocanhou bem de repente a esperta
da sua Perereca.