ARARINHA-AZUL
Esta arisca avezinha
Quase da vida desapareceu
A bela da coitadinha
Seu habitat por pouco não perdeu
No mundo só é existente
No Raso da Catarina
Se não fora biólogos resistentes
Não saberíamos, hoje, de sua sina
Na caatinga vivia
Livre o alegre voar
Tudo era feito alegria
Hoje, vigiada está
Em horas de refeições
O bando numa árvore alta fica
Enquanto dois indivíduos espiões
Descem prá fazer a espia
Vigiada a área alimentar
Logo o restante do banco vem
Atento e sempre a escutar
As ciladas que o perverso homem tem.
O comércio cruel e desleal
Incentiva sua captura ilegal
O desmatamento, também, criminal
Escorraçam da vida, o animal.
O homem de instinto selvagem
Vem à natureza machucar
Não preserva a vida na paisagem
Só sabe destruir prá ganhar.
Esta é a natureza
Que o ser humano tem conduzido
Por causa de sua avareza
Nossa fauna-flora têm sumido.