A MINHA PEQUENA SAUDADE.
Às vezes tenho saudades,
Das tardes quentes de verão,
Ou tardes frias de São João,
Do ranchinho ao pé da selva,
Onde à vista tem muita relva,
Do carro de boi...
Tempo que já se foi.
Do carreiro gritando
Da boiada andando...
Que saudades de ouvir as galinhas,
De um cocorocó
Dos pintinhos piando piu-piu
Do grilo fazer sua serenata,
Lembro-me também da Renata
Com seu vestido de chita,
De trançinhas, ficou mais bonita...
Que saudades tenho da pescaria
Às vezes era uma porcaria
Pegar o peixe e não soltar
Mas queria era brincar.
Hoje, nesta selva de pedras,
Lembro-me de minha infância
De estudar e ter esperança
Nestas linhas escrever a lembrança
De que o poeta é gente simples e humilde
Porque de seus versos estão na lide
Lembranças são suas poesias.