UM DIA NA NATUREZA...
A gotinha da chuva deslizava por entre as folhas,
feito criança transparente; suada como gente,
até que...já um tanto cansada da brincadeira,
assim, de qualquer jeito e maneira,
jogou-se de um salto para o chão,
sendo salva pelo fucinho de um cão.
Ali, pensando sufocar entre os pelos e pulgas,
Tratou de correr pelos traços finos das rugas.
Nem bem dera a volta no cangote,
desceu valente num pinote
pelas pequenas e finas patas,
carinhando seu salvador...
um sedento vira latas.
Que ao vê-la assim...tão brilhante,
desceu sua língua amante, e a lambeu.
E assim ela morreu...matando-lhe a sede,
ela morreu.
Ah! Gotinha saltitante...
Quem disse que não valeu?
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