AZAR DANADO
Sabe aquele dia azarado?
Pois é, hoje foi esse dia.
Cheguei na escola atrasado
e já levei uma bronca da tia.
Fui sentar na minha carteira,
mas dei com a bunda no chão.
O safado do Paulo puxou a cadeira,
quase machucou minha mão.
Mesmo sentindo que era um dia de azar,
decidi não deixar barato, iria revidar.
Fiz uma bolinha de papel e arremessei,
mas antes, a cabeça do Paulo mirei.
A bolinha seguiu outra trajetória,
e acertou em cheio a cabeça da tia.
Assoviei, tossi, tentei disfarçar.
Ela não teria como provar.
Lentamente, ela abriu a folha de papel.
Meu São João! Não acredito!
No papel estava meu nome escrito.
Fiquei com a maior cara de pastel.