A GAROTINHA SAPÉCA
Graciosa, um mimo, docura de mel.
Corria afoita querendo brincar,
Com o cãozinho amigo puxando seu rabo,
E fazia o gatinho assustado fugir num disparo,
Subindo no ombro do papai fanfarrão,
Para parecer como um cavalinho alazão.
E cavalgar soltando sorrisos de criança feliz.
Pura meiguice em todos seus trejeitos,
Mesmo que fossem surpresas só de encantos,
Como ao buscar uma flor e entregar à mamãezinha,
Que encantada retribuia com afagos e beijos,
Da filhinha adorada com tantas vitalidades,
E que se encerrava com gargalhadas tão gostosas,
Da criança sapéca que sómente alegrias trazia.
Choramingava cansada quando o sono vinha chegando,
Buscava o cólo para que lhe contassem histórinhas,
Que escutava enlevada até fechar os olhinhos tão meigos,
E dormia em paz sorrindo enquanto sonhava,
Talvez com os Anjos que lhe guardavam seus dias,
Para que os perigos não rondassem sua existência,
Linda, sómente encantos que à todos alegrava.
Assim deveriam ser todas as crianças,
Não terem tristezas para amargar suas existências,
Sómente alegrias enquanto fossem pequenas,
Mesmo aprontando imprevistos que nos surpreendem,
Na cambalhota marota onde demonstra suas agilidades,
E a garotinha sapéca esconde todos seus segredos,
Que aos poucos vai soltando como em desafios.
10-07-2009