Sítio do pica pau amarelo.
Autor: Daniel Fiuza
21/05/2009
Monteiro Lobato criou
A globo bateu o martelo
A boa novela voltou
Com doce e caramelo
Sítio que o povo chamou
De pica pau amarelo.
Nossa vó é dona Benta
Senhora muito simpática,
Com ela ninguém inventa
Por ela ser sistemática
Em sua volta a turma senta
Pra resolver problemática.
Tia Nastácia é doceira
Faz muita coisa gostosa
Além de ser cozinheira
Conta história e prosa
Dos seres da capoeira
E de princesa formosa.
Lá tem a boneca Emilia
Mandona inventadeira
Na historinha ela brilha
Faz pirraça é faladeira
Deixa todos numa pilha
bonequinha encrenqueira.
Pulando com uma perna só
o saci vai aprontando
no redemoinho de pó
Com seu cachimbo fumando
Quem conta isso é a vó
E a gente acreditando.
O marques de rabicó
Porco que vive escondido
Se manda quer viver só
Por tia Nastácia escolhido,
Mas Emilia não tem dó
No pé dele perseguido.
Quem cuida dos animais
É um homem de muita fé
Pra Fazer tudo é capaz
Ele é o tio Barnabé
Conta historias demais
De saci e jacaré.
Ainda tem o burro falante
Que La Fontaine emprestou
Nessas fabula interessante
é um filosofo palrador
intelectual importante
Que lá no sítio chegou.
A cuca é uma feia bruxa
formato de um jacaré
No caldeirão ela puxa
As maldades de má fé
Sua magia estrebucha
Mas o que faz não dá pé.
Visconde de sabugosa
Na biblioteca vivendo
sabedoria formosa
Todos livros ele vai lendo
Sua cultura é pomposa
seu talento aparecendo.
A menina narizinho
Esperta e muito sapeca
Com o nariz arrebitado
Ela é a dona da boneca
Se junta com o Pedrinho
Não deixa cair à peteca.
Da cidade vem o Pedrinho
toma banho no ribeirão
Aventureiro e espertinho,
Mas tem um bom coração
se junta com narizinho
Para explorar o sertão.
Cordel baseado no livro do inesquecível escritor Monteiro lobato, e sua adaptação para a televisão.