BRINCANDO DE RODA - Sob o Céu de Teresópolis
BRINCANDO DE RODA
“Ó Ciranda, Cirandinha,
Vamos todos cirandar...”
Cantávamos à tardinha,
De mãos dadas, a rodar.
“Ó senhora dona Cândida,
Coberta de ouro e prata...”
Cantávamos com voz lânguida,
Tal qual uma serenata.
“Nosso Rei mandou pedir
Uma de vossas filhas...”
O canto dava pra ouvir
Bem distante, a duas milhas.
“Teresinha de Jesus,
De uma queda foi ao chão...”
O canto que nos seduz,
Cantado com emoção.
“Desfolhando a margarida,
O quê, o quê, o quê?”
Cantando lá na avenida,
Como flores em buquê.
“O cravo brigou com a rosa,
Em baixo de uma sacada...”
Nem em verso, nem em prosa,
Já não se canta mais nada.
“Cai, cai, balão... Cai, cai, balão,
Na noite de São João...”
Nem em festa de salão
Se canta mais a canção.
“Vem cá, Bitu... Vem cá Bitu,
Vem cá meu lindo par...”
Pulávamos eu e tu,
Alegremente a cantar.
Do Livro: Sob o Céu de Teresópolis