vestidos de sonhos

milhares, são elas brincando

nas alamedas do parque

sujando os dedinhos na lama

vestindo a lua de terra

rolando na grama depois

sem terem mais do que fugir

centenas, são elas correndo

na quadra cobertas de sol

não querem jogar futebol

não querem lugar pra fugir

do medo da solidão

não buscam o que encontrar

dezenas, são elas subindo

o morro atrás de desejos

descendo com medo que a pipa

ficasse na copa da árvore

sabendo que nada implica

em que possam ter de deixar

seus sonhos vestidos de mel

em cada criança um sonho

pro mundo ser menos aflito

em mais de uma delas..., suponho –

não há nada assim tão bonito

Rio, 05/03/2009

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 13/04/2009
Código do texto: T1536380
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