ADEUS AS ÁRVORES

Morros e montanhas tão distantes
com suas paisagens verdejantes,
dá vontade de sobre elas voar...
Triste, penso, que não longe, num futuro
não existirá mais esse ar tão puro,
ninguém verá mais um pássaro cantar...

Florestas, matas, uma riqueza brasileira,
mas que essa ganância pela madeira,
tudo irá destruir num futuro dia...
O que vejo, até onde a visão alcança
só poderá ser mostrado para uma criança,
se ainda restar alguma fotografia...

Essas paisagens tão exuberantes
que desperta o amor entre os amantes,
aos poucos desse planeta se evapora.
Creio que muito mais contente morreria
se não fosse o tema dessa poesia
se acreditasse que o verde não vai embora.

Dessa ganância sei que sou um refém
só vidas que se vão e nada vem,
enquanto isso, vou curtindo essa beleza!
Essa destruição não quero nunca ver
também pertenço a vida e vou morrer,
sou uma árvore, do mundo da natureza.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 06/04/2009
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