O Sapo
Quando eu ia pro trabalho
Vi um sapo cururu...
Junto a ele algumas pedras,
E uns pedaços de bambu.
Os moleques apedrejaram
Aquele sapo, coitado...
Indefeso não fugiu...
Ficou ali parado.
Ao voltar do meu trabalho
Vi o sapo ainda ali...
No mesmo lugar estava...
Com o sapo não mexi.
Mas passados alguns dias
Encontrei-o na lagoa,
Coaxando alegremente...
Não se morre assim à toa!
Se os meninos aqui voltarem
Com suas pedras na mão...
Disfarço, dou um mergulho,
Escondo-me no fundão.
Lá no fundo da lagoa
Estarei mais protegido...
Malfeitores já se foram...
E eu fiquei bem escondido!