Voz do ribeirinho

Moro perto do ribeiro,

sempre pesquei por lá.

Que pena, o rio inteiro,

poluído hoje está.

Vivo da pescaria,

fui criado pela natureza,

por nada eu trocaria,

este recanto de beleza.

Mas confesso, meu amigo!

Que dá vontade chorar,

ando muito entristecido,

não tem mais peixe por lá.

As águas estão secando,

nem dá para mergulhar,

a poluição está acabando,

com a beleza do meu lugar.

Você que mora na cidade,

eu não vou te atormentar,

tirar a tua felicidade,

roubar o teu habitar.

Deixa viver meu ribeiro,

para eu poder pescar.

Você tem o mundo inteiro,

Não precisa vir pra cá.

Aqui tem a garantia,

de um futuro melhor,

Quando passar a rebeldia,

você também dará valor.

Aqui tem cascatas,

Bem-te-vi e Beija-flor,

uma imensidão de matas,

para aliviar o calor.

Pense bem no que te digo:

Eu não vou desafiar,

mas se quer ser meu amigo,

lute junto comigo,

para salvar este lugar!

SILVIA TREVISANI
Enviado por SILVIA TREVISANI em 05/02/2009
Reeditado em 06/02/2009
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