CONTOS DE NEVE E ENCANTAR (VI)
Neve no quintal
E o frio a gelar,
O pai fica triste,
Não vai trabalhar...
No fogo, à lareira,
O resto da sopa,
E a mãe que ponteia
A meia, já rota.
Os meninos riem,
Brincam sem saber
Que os flocos desfiam
A lã do sofrer...
Meninos tão pobres,
Brincam de jogar,
Com bolas de neve,
Mãos a tiritar.
E o pai já não tem
Lenha para o lume,
O abraço da mãe
Aquece o queixume...
Então as estrelas
Descem devagar,
Branquinhas, de vê-las
Se alegra o ar!
Pousam de mansinho
Nas mãos das crianças,
E são pão branquinho,
Milagre e bonanças!
Nas mãos da mãezinha
Transformam-se em lã,
Ela, com carinho,
Faz-se tecelã...
Nos braços do pai,
Que é forte e sadio,
A neve que cai
É lenha de estio!
E para a menina,
Depois da merenda,
Brinquedos e mimos,
Bonecas e rendas!
Ao menino os anjos
Mandaram um gorro,
Um trenó e beijos
E até um cachorro!
E as estrelas riem,
Em forma de neve,
Anjos que caíram
De leve, de leve...
Neve no quintal
E o frio a gelar,
O pai fica triste,
Não vai trabalhar...
No fogo, à lareira,
O resto da sopa,
E a mãe que ponteia
A meia, já rota.
Os meninos riem,
Brincam sem saber
Que os flocos desfiam
A lã do sofrer...
Meninos tão pobres,
Brincam de jogar,
Com bolas de neve,
Mãos a tiritar.
E o pai já não tem
Lenha para o lume,
O abraço da mãe
Aquece o queixume...
Então as estrelas
Descem devagar,
Branquinhas, de vê-las
Se alegra o ar!
Pousam de mansinho
Nas mãos das crianças,
E são pão branquinho,
Milagre e bonanças!
Nas mãos da mãezinha
Transformam-se em lã,
Ela, com carinho,
Faz-se tecelã...
Nos braços do pai,
Que é forte e sadio,
A neve que cai
É lenha de estio!
E para a menina,
Depois da merenda,
Brinquedos e mimos,
Bonecas e rendas!
Ao menino os anjos
Mandaram um gorro,
Um trenó e beijos
E até um cachorro!
E as estrelas riem,
Em forma de neve,
Anjos que caíram
De leve, de leve...