A ROSA DA PAZ

Voou...
Nos lugares,
Mais distantes,
Alem dos ímpares,
Dos pares,
Sonhou,
Um sonho a mais,
Enfrentou,
Sóis e temporais,
Com os olhos brilhantes,
Beijou,
Todas as flores,
De todas as cores,
Que encontrou,
Não foi o bastante;
Faltava encontrar ainda,
A flor mais linda,
De todo o espaço,
Apesar, do cansaço,
Ele continuou...
Mas, o vôo chegou num ponto,
Que ele entregue – tonto,
Teve que pousar,
E tristonho então,
Ficou ali no vão,
De qualquer lugar,
Mas, eis que de repente,
O encanto lhe envolveu,
Bem a sua frente,
Um jardim apareceu,
E no canteiro central,
A flor especial,
Realçava o tom,
E o momento aconteceu,
Aos acordes de um som,
Sublime, angelical,
Antes do sol se pôr,
O nobre beija flor,
Beijou a rosa singela,
Muito mais bela,
Do que as rosas de Sarom*,
Pois, ela,
É a rosa da paz; Shalom*.
Tamanho foi o esplendor,
Que a rosa não suportou,
Desprendeu-se da raiz,
Agarrou-se nas asas anis,
E com o pássaro retornou.
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* Sarom; planície próxima ao mar mediterrâneo, local de belas  flores.

* Shalom; termo hebraico que significa paz.