Amor sem tempo
Olho o vento
entre as folhas no vai e vem,
olho o tempo
que vai ligeiro nas horas que tem
e assim, pensando bem.
Sonho as histórias que conto
de um tempo em contratempo
apaixonado, porém sem tempo
e o primeiro encontro,
ponto a ponto, beijo a beijo
vaga triste no esquecimento...
Lá vai o tempo
voltou-se, pobre infeliz,
chorando por tudo que quis
e bem depressa,
sonho tudo outra vez.
Correu o tempo
atrás do vento
que ignorando o enredo
entregou-se à chuva
revelando o segredo.
E desse encontro, já sem medo,
vira chuva, vira vento,
vira terra molhada,
germina a semente
e cresce madrugada
tendo a lua como
eterna namorada.