MENINOS DE RUA

MENINOS DE RUA

Vida sem destino e esperanças, sem alegrias e bonanças, acoplando anseios sacrossantos.

Sem sapatos de pés calejados, rosto suado, maltrapilho, deifica a personalidade que roga.

No calor das metrópoles, na desilusão da vida sem rumante afetivo e carinhoso, só espanto.

Espera o menino um destino caído do céu, para minorar as agruras do sofrimento no frio sem toga.

Destino infeliz para uma criança cheia de esperanças, atordoada pela fome e o cansaço.

Refém sem defesa do tempo, da rua, dos incrédulos, dos maliciosos que o julgam mal.

Um ser sem defesa, sem esperança de uma vida melhor, entregue ao desalento e ao desamparo social.

Refém da situação dolorosa, do destino ingrato, sonha com uma vida mais serena e sem embaraço.

Como sofrem os desamparados, os abandonados, os estropiados, os meninos de rua.

Na canga, na destinação que a vida lhe proporcionou pensa em silêncio num ser caridoso e cordial sem charrua.

Que lhe subtraia do mal e some-o ao bem, e o entregue a alguém de bom coração para tosar seus pensamentos maldosos.

Os eméritos, os engalanadores propiciem diretrizes sem interstício, para que tenha pelo menos minutos laboriosos.

Com extasia no rosto seja outro ser pequenino, mas com destino certo e confortante.

Do destino insano, da companhia daninha se desfaça, sem masmorra e sem mordaça alcance a graça.

De um dia integrar uma família exemplar que lhe dê educação e que possa retribuir com o amor expectante.

Trilhe o caminho da altivez, da regeneração, dos brios que enlevam o coração a uma louçã de bem-aventuranças sem pirraças.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-FORTALEZA/CEARÁ

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 21/10/2008
Código do texto: T1241084
Classificação de conteúdo: seguro