INFINITUDE DO SER

INFINITUDE DO SER

Oh! Alma, tu anseias pelo infinito,

Buscas respostas no ponderável,

Sabes não ser tarefa do ente finito,

Elucidar o âmago do imponderável.

Tu tens origem na pátria divina,

Imigraste num corpo destrutível,

Voltarás para Aquele que fascina,

Viverás sempre, és indestrutível.

Unirás a um ser, uma só vez, regra,

Tu acompanharás um ente mortal,

Com ele compartilharás a refrega,

Sobreviverás a qualquer vendaval.

O Senhor te criou uma e única,

Para que habites criatura divina,

Dela serás o manto e a túnica,

Farol que orienta e ilumina.

A sede do infinito te orienta,

Temporária será a tua clausura,

Luminosidade eterna te sustenta,

Eternidade tua medida e altura.

Com o teu casulo te reunirás,

Depois de breve separação,

Imortal e mortal, um só serás,

Quando da feliz ressurreição.

JOSE BENEDETTI NETTO

jose benedetti netto
Enviado por jose benedetti netto em 26/02/2008
Código do texto: T876875