INFINITUDE DO SER
INFINITUDE DO SER
Oh! Alma, tu anseias pelo infinito,
Buscas respostas no ponderável,
Sabes não ser tarefa do ente finito,
Elucidar o âmago do imponderável.
Tu tens origem na pátria divina,
Imigraste num corpo destrutível,
Voltarás para Aquele que fascina,
Viverás sempre, és indestrutível.
Unirás a um ser, uma só vez, regra,
Tu acompanharás um ente mortal,
Com ele compartilharás a refrega,
Sobreviverás a qualquer vendaval.
O Senhor te criou uma e única,
Para que habites criatura divina,
Dela serás o manto e a túnica,
Farol que orienta e ilumina.
A sede do infinito te orienta,
Temporária será a tua clausura,
Luminosidade eterna te sustenta,
Eternidade tua medida e altura.
Com o teu casulo te reunirás,
Depois de breve separação,
Imortal e mortal, um só serás,
Quando da feliz ressurreição.
JOSE BENEDETTI NETTO