Jesus - O poeta do mundo
Os olhos eram triste
Pela quente febre mar,
Como o frio de amar
Entre dois amantes.
A cura fiel da morte,
A morte é fiel em curar
Quem intenta de Sorte
Convosco ao nosso olhar.
A mim, ó Deus, me deste.
Um entojo de sonhar
Pra que eu possa entrar
Na casa que me veste.
A fome dessa verdade,
A fome dessas crianças
São as minhas metades
Que uso nas ânsias!
Quando a flor renasce
Da madrugada à margem,
Em que os versos nascem
É quando o fim reage.
Contra o meu intuito
De servo, ó Deus, do Dom.
Que me talhaste sem tom
No amor. Seu espírito...
De Senhor e de filho
De poeta e de Cristo.
Mestre, Deus, Digno.
De todo bom filho.
Que deu a servos o seu dom
Como um pai a expressar
Na dor, a um filho, tão bom
Há quem tem o que versejar.