Tempo perdido


Oh,Deus meu,meu Deus!
Eis me aqui invocando á ti
Para que o meu humilde coração
Sejas sempre morada de teu filho,
do teu Santo Espírito
E quando ponho á prostrar-me em tua casa,
e em minha casa num ríspido chão
Peço pelos meus pais queridos,meus filhos,
meus estimados irmãos...
E seja em todo o seio de minha família
Pelos meus amados irmãos em Cristo
Pela tua graça,pelos meus mui amigos
e pelos que não são
E que derrame á tua infinita misericórdia aos
que da sua presença te abandonou
E se nestes corações ainda existerem o amor ao seu temor
que os retornem aos seus átrios da sua vontade

Oh,Deus meu,ó Deus!
Sou assim esta alma impassível...
Sei que tú me entendes
Tú sabes o que fala o meu coração
Peço-te que me compreendas
E lhe digo por tudo que sou
que o meu amor por ti és infinito
Como és inefável do teu perdão,o teu amor
Às vezes me pego cansado
Deste meu corpo debilitado
Mas tú me visita da tua vontade
Da tua inspiração em mim
Sinto a tua virtude,e almejo esta jóia
que és a coroa amada

Me pego á meditar dos conselhos da tua sã palavra,
que estes meus ouvidos ouve em tua amada casa
E mesmo sendo eu este ser errante por esta carne ingrata
Quem sabe eu um publicano quem sabe...e sei que tú me sabes
E...te amo,e vejo como sou um ser fraco e cheio de falhas
Então me ponho á chorar

Porque quero ser aos dias de minha vida
sempre o teu vaso...
E mesmo que este sinta-se em pedaços
O teu santo nome sempre ei-o de invocar
E quereis eu sempre de o clamar,
sendo num fiapo de voz ou no silêncio dos meus ossos
E quero sentir sempre adentro de minha narina a essência do perfume desta,
E se o olfato faltar-me,que o teu suave perfume venha a penetrar o 'tutano' destes meus ossos
em direção ao meu espírito,e que um soldado do céu por ela para sempre me preserve
Por sua sempre,por esta sua excelente graça
Da sua entrenhável misericórdia interminável
que não cessa,e que não pára e que por ela dela aos seus os faz

E destes meus braços curtos
Mas de um aperto longo
E deles darei a ti
E certeza que de ti receberei
Como todo o bom pai dá
O afago do teu abraço fiel acolhedor e largo

Oh...então Deus meu!
Eu escrevo ,faço desta caligrafia estas minhas linhas
E digo e de sua permissão escrevo agora um pouco
mais meu Bom Deus amado
E mesmo que para alguns seja absurdo
E nunca me calarei o teu nome...
Nem que se porventura eu me encontrar
Num leito de dor ou se morte,ou num coma profundo

E,ou mesmo que eu me sinta nú
Como o teu fiel servo jó
Sempre ei de lembrar,o invocar
E saberei e sei que tú
És o meu Altissímo e Onipotente Deus
E que pelo teu filho unigênito...
O meu Redentor Ressureto Cristo Jesus
O Rei dos reis...
Fui lavado no seu sangue e por ele resgatado
E...

Deus,oh meu Deus!
Agora sim me despeço neste momento em vida
Fielmente sabendo que ela está nas suas Santas mãos
E sei que não é,e nunca foi e eu bem sei que em ti não há e nunca haverá tempo perdido


Claudemir Lima - Ano 2006 (*acrescentado algumas variantes/fev/2008)