Salmos
O senhor, aquele quem tenho temor
Quem alegra minha alma
Que de tantos pecados
Me esperou com calma
Quando eu dava ouvido ao meu coração
Quando eu não aceitava teu perdão
Lá no mundo tudo parecia tão bom
Mas não passava de ilusão
O pecado me levou por paixão
O grande livramento, me livrou do caixão
A misericórdia fez meus olhos abrir
Dos meus pecados fugir, e em ti me escondi
Antes era lívido
E sem cor
Hoje sou grato
Por conhecer o real amor
Vazio e sem esperança
Ouvia fala do pai, desde criança
Mas ainda não conhecia, mas pude
Conheci na minha juventude
Provei dos defeitos e efeitos
Da lei, decretos, amor, graça e a virtude
Me impressiona, todos querem culpa criador
Mas são tais pecados que trazem dor
Perguntam a si "Onde está Deus?"
Não veem as consequências dos erros seus
Quase sempre que vejo só tenho o senhor
Pois meus pensamentos são vãos, e vejo
Enganoso é a força do meu braço e coração
Geradores de dor e rancor
Quando só preciso do meu redentor
Toda majestade
Da tua obra-prima
Posso contemplar
Minha autoestima
Em ti pude melhorar
Por minha inseguranças
Tu apagares
Mais ainda é válido lembrar
Para não esquecer
O valor que tenho para você!
Ao meu redor
É de sentir dó
Dos tolos que não percebem
Que não há nada além de ti
Mesmo assim tenho gratidão
Aos que recebem, o perdão
Hoje percebo que a maior coroa
Não é de ouro, pedras preciosas ou cristais
E sim, de espinhos dolorosos
Que sangue derramou por mortais
Meros seres pecaminosos
Ainda que eu entregasse minha poesia
Ainda que falasse sem verso sem heresia
Admito que bem-aventurado seria
Como escravo, não seria possível
Agradecer o quão incrível
Tal foi o sacrifício de fé
Do cordeiro, Jesus de Nazaré
De nossas poesias, versos e canções
Peço que examine mais que letras
Ou belas palavras
Mais o corações
Sondando cada pensamento
E qual a intenção, do sentimento
Que seja de adoração, não de tormento