Albinos
Tantos projetos de anjos descartados cada dia
porque não entenderam a função dos casulos;
preferiram bailar na fila, para a eterna alegria,
que guardar os ingressos com zelo, galhardia,
frutos hauridos verdes, Divinos planos, nulos;
quando, seus olhos suaram por razões banais
porque, lhes pesavam mais, pesares da terra;
renegaram coisas humanas, pelas de animais,
peso dos instintos, e o sobrepeso dos metais,
atrofiaram suas asas, sequelados pela guerra;
todo dia a ceifeira arrola seus frutos nefastos
inutilmente de novo água da Rocha vertendo;
as escolhas lupinas pisaram, os verdes pastos
e anjos funcionais gritaram, em apelos gastos
mortos ignoraram, pois, juraram estar vivendo;
Divino Agricultar inda guardará certos rabiscos
albinos morais, onde as trevas definem o pelo;
grãos poucos restantes, pós o sopro dos ciscos
que sofreram seduções fiéis aos valores priscos
e optaram pelas asas, sofrendo penas com zelo...