DEUS, MOISÉS E A SARÇA
Caminhava no monte,
Isolado de outros homens.
Seus passos seguidos por ovelhas,
Longe de toda pompa e riqueza.
Potencial rei de uma grande dinastia,
Agora pastor de ovinos se fazia.
O tempo e a juventude passaram,
sonhos que bateram asas e voaram.
Tirado das águas, colocado no deserto,
Já não era príncipe do Egito por certo.
Esquecido por todos vivia no anonimato,
Mas Deus não o esquecera de fato.
Ele forja homens em lugares inusitados,
Faz instrumentos dos que eram "coitados".
Arrancou Moisés das águas da inutilidade,
Para libertar e fazer uma nação de verdade.
Através de uma sarça a arder em chamas,
Pois nada impede a quem Deus chama.
Como as chamas não consumiam a sarça,
Sofrimento não consome a chamada.
Um cetro na sua mão não mais cabia,
Só uma vara de pastor e a chama que ardia.
Importante não é o que tens na mão,
Mas quem te entregou algo então.
Somos simples varas, percebeu,
Mas varas na mão de Deus.
Podes ser um esquecido também,
Mas o Senhor pode fazer de ti um alguém.