Oráculo de Cuchi
Reluz a lança do grande dia
Todas as coisas perdem a cor
Tudo é negrume, todo o dia trevas
Porque o Senhor retirou-se do santuário.
A assembleia solene deu-lhe as costas
Todos cantam a si
Todos louvam os próprios ventres
Nunca se viu tal coisa nessa terra:
Um bode ensina uma ovelha
Confunde-lhe a seguir após si
Senhor porque não lutaste?
Porque levaste tua glória do santuário?
Porque na tua santa habitação
O alarido é pelos feitos de outro?
O canto é louvor de outro nome que não o teu?
Fende os céus, oh Deus!
Trema a terra na presença do Eterno.
Consome o fogo estranho com teu fogo
Com a luz de teus olhos sejam destruídos
Os que esquecem de glorificar teu nome.
Sou eu quem te julga, oh povo das nações!
Fui eu quem vos reuni para glorificar meu nome
Desposei a vós, que antes fostes prostitutas,
Purifiquei vossas feridas com meu sangue
E entrei em matrimônio convosco dando-te nome.
Eu te julgarei no silêncio em meu templo
Eu te darei solidão, como me deste solidão
Eu te darei isolamento e vazio em teus átrios
Como isolaste meu nome e esvaziaste meu culto
Porém, meu rebanho eu mesmo pastorearei
O meu povo se alimentará da minha voz
Caminharão à luz das retas palavras de minha boca
Minha Palavra habitará ricamente neles
Meu louvor preencherá seu coração
Operarei Neles o que me é agradável
E os trarei à minha eterna habitação.