FILHA, ESCREVES AOS ENTRISTECIDOS...
Filha,
Escreve agora aos entristecidos
Escreve filha e não esquece
Diga-os que controlo tudo
Que é a minha vontade que prevalece
Sou onisciente, onipotente, onipresente
E estou em todo lugar
Se clamarem por meu nome
Do meu trono vou levantar
Entro em Hospital, casas e tribunal
Opero no oculto, mudo sangue e coração
Dou a vida de volta, mudo quadro e situação
Descanse, porque sei a hora e ocasião
Mesmo parecendo impossível
Trago à existência o que não existe
Opero em leitos e calabouços
E corto o mal que persiste
Trago à vida de novo
Vento e mar vão se acalmar
Depois do choro dessa noite
A alegria vai os visitar
Invalido diagnóstico de médicos
Filha escreve aos entristecidos
Que a última palavra é minha e não deles
Que acreditem no que digo...