Rude Cinzel
Rude Cinzel
Despedacei o rude cinzel
Da mágoa que amargava
Como fel meu coração.
Com a minha alma talhada em bisel,
Empurrei enraivecida a lamina.
Quebrei o granito do desejo
De morte, de vingança.
Arranquei do fundo profundo
Do meu coração, a estátua do ódio.
Dei um basta na dor, no desamor.
Escancarei de amor meu coração
E liberei o perdão.
Deus com suas mãos delicadas,
Modeladas de caricias e amor,
Modelou o vaso de uma forma sagrada.
Ele removeu o amargor. Com bondade,
Modelou o vaso, na beleza delicada,
Para o doce licor, da felicidade.
Na luz pujante da paz,
Livre de tristeza e dor,
Em plena liberdade,
Vou versejando poesia e amor
Agradeço por sua feitura ao meu favor!
Hoje sou vaso novo fluindo vida,
Nas Mãos Divinas do Meu Deus Criador.
Poeta Rosa Leme