A Cruenta Cruz
A cruenta cruz
I
Como um malfeitor foi entregue ao mais vil tribunal
Os açoites rasgaram suas carnes e o seu sangue verteu
A turba gritava de alegria diante do cenário letal
Um inocente foi condenado e pelo meu pecado morreu.
II
O diplomata lavou suas mãos do sangue deste inocente
Sua esposa temerosa em sonho tinha sofrido
O sinédrio reunido comemorava a prisão alegremente
Somente Jesus sabia que sua missão tinha cumprido
III
A coroa espinhosa nova chagas começou fazer
O discípulo foi indagado e seu mestre ele negou
Disse aquele santo homem dele nada saber
O galo o repreendeu e amargamente ele chorou
IV
Foi uma longa noite de angustia e sofrimento
Inquirições maldosas tapas no rosto levava
Somente o amor por nós lhe dava contentamento
O silencio foi o exemplo que ao mundo ele dava
V
Por trinta moedas de prata como cordeiro foi vendido
Cumpriu-se a escritura que ao mundo foi profetizado
Judas compreendeu que sua salvação havia perdido
Numa arvore solitária o covarde pereceu enforcado
VI
A cruz pesada ele levou ao angustiante calvário
Açoites e impropérios atormentavam nosso Jesus
Os discípulos choravam diante do triste cenário
Mas o peso do nosso pecado era que estava naquela cruz.
VII
Os cravos perfuraram os punhos do salvador bendito
O ladrão ao lado disse: Senhor de mim no seu reino se lembrarás
Mesmo com sede e com dor naquela cruz já erguido
Respondeu com muito amor comigo no céu ainda hoje estarás.
VIII
Bradou esta tudo consumado meu espírito entrego em tua mão
Deus amou o mundo de tal maneira que jamais será compreendida
Entregando seu filho amado pela nossa salvação
Para nele nós crermos e não perecer mas ter a eterna vida.
Artonilson Macedo Bezerra