ATÉ
Francisco de Paula Melo Aguiar
É o limite posterior de tempo.
Pelo altíssimo gerado e fecundado.
Desenvolvido sem contratempo.
E nascido por todos inesperado.
É o limite espacial do ter no ser.
O término de uma distância.
Entre o gerar, fecundar e nascer.
Da estrela de Belém a relevância.
É inté, adeus, tchau, até à vista.
Até logo, até à próxima, até depois.
Da Sagrada Família, nunca desista.
Do jumento e de ambos, os dois.
Tudo é questão de vida e momento.
A ortografia não importa o dia e a hora.
Da manjedoura à cruz de tormento.
É aí onde a Luz do mundo mora.