Só pela graça... (Suicídio)
O vento está parado
Nada se mexe.
Árvores não balançam,
Folhas não voam
Tudo está inerte.
Ficamos fatigados, parados.
A respiração falta,
O ar exala o calor que fustiga.
Estamos de porre pelo dia.
"Na morte do ser há o alívio!"
Então o pensamento sonda
Os prós e os contras...
Alívio imediato ou futuramente?
Então, a contenda começa.
Round por round é avaliado
Quem ganha e quem perde.
O ar às vezes falta,
O suor escorre e o cansaço predomina.
Será isso vida?
Nem uma chuva, nem uma garoa...
Cadê o vento, a brisa.
É só calor.
Somos unicamente corpo?
Será que temos alma/espírito?
Não sei! O que sei é que cansei.
Temo a dor, então,
Comprimidos mil descem pela goela.
Agora, o calor aumenta
E a vontade de um gelo
Vem à garganta seca,
Que implora nessa sandice,
À realidade nua e crua,
Que interfira no round...
Quem ganhou agora é o derrotado.
O vencedor é o vencido.
O alívio deu lugar ao sofrimento
Ao descobrir que somos únicos,
Mas não somos um
E que o corpo tendo seu alívio
Condenou a alma/espírito ao suicídio.
Tirou Deus que é a vida
E colocou a morte que é o inferno...
Nesse inferno d'alma
Não tem refrigério, nem um gelo,
Só línguas venenosas, cheias de fogo.
O alívio imediato levou ao fogo eterno.
Seja o calor que for,
Falte o ar que faltar,
Fique cansado, parado,
Não tenha ânimo pra nada...
Nesse combate frenético das opiniões,
Seja o vencedor, o alívio imediato,
Saiba que esse vencedor já foi vencido
Pelo filho do homem, por Jesus Cristo.
Ele ajudará no calor fustigante
Que às vezes nos tira o ar.
Mas tudo bem, Ele sabe como lidar
Com essa situação.
A porta larga não é a solução.
Mas ter nEle a resiliência
Pra continuar a carregar sua cruz,
Isso sim, é vencer o combate dos combate.
É vencer a lança do soldado do mal.
É vencer a crucificação carnal!
(Essas são palavras de alguém que foi ao inferno e pela graça dEle , voltou...).
18/10/20
PEREZ SEREZEIRO
jrpmserezeiro@gmail.com Londrina