Recôndito da minh'alma
No recôndito da minh'alma, desintegro-me por inteiro. Onde tu estás, por acaso já te encontras calma? Sobrepujas-me como um barro nas mãos de um oleiro?
Estou sendo moldada como uma boneca de porcelana, sinto-me até como se tivesse voltado a minha infância. Refazendo-me no seio de uma cabana, onde encontro em minhas raízes tão dolorosas ânsias.
Reconstruindo-me o que dantes fora quebrado em mim, vejo ao horizonte um céu azul de anil, refaço-me então dos pedaços as cinzas que ainda habitam meu jardim, sentindo um toque suave e gentil.
Florescerei como uma bela flor, fincarei no coração minhas raízes. Crescerei então em meio a dor e serão saradas todas as cicatrizes.