Recôndito da minh'alma

No recôndito da minh'alma, desintegro-me por inteiro. Onde tu estás, por acaso já te encontras calma? Sobrepujas-me como um barro nas mãos de um oleiro?

Estou sendo moldada como uma boneca de porcelana, sinto-me até como se tivesse voltado a minha infância. Refazendo-me no seio de uma cabana, onde encontro em minhas raízes tão dolorosas ânsias.

Reconstruindo-me o que dantes fora quebrado em mim, vejo ao horizonte um céu azul de anil, refaço-me então dos pedaços as cinzas que ainda habitam meu jardim, sentindo um toque suave e gentil.

Florescerei como uma bela flor, fincarei no coração minhas raízes. Crescerei então em meio a dor e serão saradas todas as cicatrizes.

Suh Britto
Enviado por Suh Britto em 14/09/2020
Código do texto: T7062961
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.