A lágrima que chora
No chão fica marcado
O seu rastro...
Várias vezes
Da sala pro quarto.
Olha pro relógio que grita:
"Mais um dia!"
Se ajoelha e ora
Pedindo libertação.
E mais uma lágrima
Rega aquele chão.
Ali a semente plantada
Dará fruto ou não...
O amanhã ira dizer.
Noites e noites viram rotina.
Caminha pelo rastro já marcado.
Ora ajoelhada e mais lágrimas
No chão são derramas.
Porém o tempo é cruel.
Traz a morte para a vida...
Com esse assaz tempo,
Aquele rastro é desfeito.
As sementes ali regadas
Ainda não deram fruto,
É tudo um deserto.
Mas, o mesmo tempo cruel,
Que traz morte à vida,
Se revela como mensageiro sagaz
Trazendo vida, à morte.
Olhando para o relógio
Que agora já não grita,
Ela de joelhos chora
Regando naquele rastro
As sementes a muito plantadas.
O fruto surgi... "No choro da lágrima."
PEREZ SEREZEIRO
jrpmserezeiro@gmail.com - Londrina