A lágrima que chora

No chão fica marcado

O seu rastro...

Várias vezes

Da sala pro quarto.

Olha pro relógio que grita:

"Mais um dia!"

Se ajoelha e ora

Pedindo libertação.

E mais uma lágrima

Rega aquele chão.

Ali a semente plantada

Dará fruto ou não...

O amanhã ira dizer.

Noites e noites viram rotina.

Caminha pelo rastro já marcado.

Ora ajoelhada e mais lágrimas

No chão são derramas.

Porém o tempo é cruel.

Traz a morte para a vida...

Com esse assaz tempo,

Aquele rastro é desfeito.

As sementes ali regadas

Ainda não deram fruto,

É tudo um deserto.

Mas, o mesmo tempo cruel,

Que traz morte à vida,

Se revela como mensageiro sagaz

Trazendo vida, à morte.

Olhando para o relógio

Que agora já não grita,

Ela de joelhos chora

Regando naquele rastro

As sementes a muito plantadas.

O fruto surgi... "No choro da lágrima."

PEREZ SEREZEIRO

jrpmserezeiro@gmail.com - Londrina

Perez Serezeiro
Enviado por Perez Serezeiro em 19/06/2019
Reeditado em 19/06/2019
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