EXORTAÇÃO
Vós que sois de tudo o Criador
Vede: minhas mãos estão sujas
Diante de uma fuligem em cujas
Partituras não posso mais compor.
Olhai os nichos do corpo enfermo,
Podei vós dar-me um sinal de cura?
Os pés cansados não me seguram,
Porque sabem que estou em erro.
Sou vassalo do vosso santo indulto,
O que é pecado já não está oculto,
Estendei sobre mim a vossa bênção...
Julgai vós: posso viver sem poesia?
Curai-as... Assim eu me refinaria...
Descreveria do amor vossa oração!
DE Ivan de Oliveira Melo