ENDEMONINHADO

Pelo mar da Galiléia

Jesus chega a Gerasa

Assim que desembarcou

Naquela terra turbada

Veio um endemoninhado

Um pobre, vil, desgraçado

Nas tumbas tinha morada

Vivia ele em sepulcros

Muitas vezes o prendiam

Mas nem algema ou grilhão

Com o tal homem podiam

Nada, pois, o segurava

Ele tudo arrebentava

Por fim, eles desistiram

Noite e dia ele andava

E sempre estava gritando

Pelos montes e sepulcros

A todos amedrontando

Porém, quando a Jesus viu

Algo forte o impeliu

E prostrou-se adorando

Disse a Jesus, então

Em alta voz a clamar

És o filho do altíssimo

Não venha nos perturbar

Jesus disse: sai agora

Deste homem, vai embora

Mas diga seu nome, já

Legião é o meu nome

Pois é grande a quantidade

De maus espíritos aqui

Na sua sagacidade

A legião suplicou

E a Jesus vindicou

Aquela localidade

Ora, por ali pastava

No planalto a beira-mar

Grande número de porcos

A coisa foi de espantar

Os demônios suplicaram

Para entrar naquela vara

Que pulou dentro do mar

Os porqueiros que cuidavam

Daqueles porcos, então

Fugiram para cidade

Contaram a situação

Logo, houve um movimento

Fazendo um ajuntamento

Formando uma multidão

E chegando a Jesus

Viram o endemoninhado

Que tivera a legião

Agora já libertado

Assentado e vestido

E em perfeito juízo

Ficaram muito espantados

Triste cena se avizinha

Pois que as autoridades

Preocupadas com o lucro

Sem pensar na humanidade

Mandaram Jesus embora

Daquela terra pra fora

Na total insanidade

O ex-possesso, porém

Quando Jesus embarcava

Para seguir com Ele

Insistente suplicava

Jesus disse: você fica

Nesta região explica

Como Deus lhe abençoara

Na região de Decápolis

O homem, pois, proclamava

A sua libertação

Ao povo anunciava

A benção que Deus lhe dera

O que Jesus lhe fizera

E a turba admirava