Ousado Amor!
Olhou-me! Nada viu que o atraísse,
Analisou-me! E nada encontrou de especial.
Pecado, maldade, ódio, ressentimento e crendice,
Tudo que havia no meu coração carnal.
Miserável! Desprezível, sem valor algum,
Não havia razão para ser justificado.
Os caminhos da morte trilhava um a um,
Prazer sentia em colecionar pecados.
Porém! Ele amou-me com amor fatal,
Com amorável benignidade me seduziu.
Atraiu-me com corda sentimental,
Com laços de amor eterno, a si me uniu.
Como fugir desse amor plausível,
Amor que resgata do inferno destruidor?
Como permanecer insensível,
Aos braços abertos do meu remidor?
Paixão inexplicável! Rendo-me a esse amor,
Amor inigualável, sublime e protetor.
Quero ser somente seu, meu amado senhor,
Amor de Deus! Amor de cruz! Ousado amor!
Luzia Ditzz.
Campinas, 15 de outubro de 2018.