Pobre alma
HO!Pobre alma onde estais agora?
Será que te atormentam,
Ou estas descansando agora?
Quando penso, na maldade em teus escuros pensamentos,
Recuso-me a acreditar que não existia fragilidade, bondade e contento.
Conheci-te quando ainda era um menino, ainda ouço teu riso ecoando no passado longínquo.
Daí então, senti compaixão daquela criança sem sonho, sem amor, e com tanta dor.
Só eu vi tua alma da infância que se foi tão depressa.
Pobre alma tantos te odeiam, e todos têm razão, o mal que fizestes nessa terra não tem perdão.
Nada justifica tal crueldade, porém tu tens uma alma, feita da mesma matéria que eu, feito do mesmo Deus que é meu.
Queria ter feito algo por ti pobre alma, mas eu também não tinha amor, hoje tenho e queria te mostrar isso, só que é tarde, agora seja como for.
Espero que esse amor tenha te alcançado nos últimos segundos da tua dor.
Condenem-me como fizeram a ti sem ouvir, sem saber, sem querer, ver o que há além de ti.
Faltou-te amor, por isso não sabias amar, te faltou compaixão, por isso não podia se apaixonar.
O mundo te fez demônio, por que não quis te amar.
E agora é bem mais fácil te odiar, e arrancam de suas costas a responsabilidade do amar.
Já não posso rogar pela tua alma, só me resta lamentar, não sei se o amor que me envolve te alcançou.
Mas quem dera, quem dera.
Se não havia nada de bom em ti, agora tens o que escrevi.
HO!Pobre alma onde estais agora?
Será que te atormentam,
Ou estas descansando agora?