ALMA EM DOR!
Pobre alma que a penar vagueia
Nos cantos escuros da tristeza!
Cega, não vê a Luz que a clareia.
Surda, não houve o canto que a rodeia.
Rumo incerto. Risco certo pra quem, sedento,
Busca água no deserto sem saber
Que seus próprios ais lhe confiscam,
Sem dó, o direito da paz!
A correnteza que chega de mansinho
Na tentativa cruel de lhe arrastar
Nem tanto espera e, logo ela se vai
Qual passarinho que perdeu seu ninho
E de novo busca onde se aninhar!
Pobre alma que a insistir
Refém se faz do seu gemer!
Liberte- se! Refém se faça, sim,
Do Amor que a assedia
E por você, sem se queixar,
Prisioneiro da Cruz se Fez um dia!
Absolutamente DELE!
MAria Muller. (Creusa) (2013)