CANTO QUE BROTA DA DOR!
Às vezes, parece que tudo vai mal, pois, tudo o que vejo é o mais profundo caos!
Na flor mais formosa o viço se perde e o sol resplendente também arrefece. Não ouço os pássaros em seu gorgear. Até o verão em inverno se faz e o dia lindo em terríveis ais.
A tristeza invade a alegria e sem se importar faz vigília e, assim, o que era cor vai se tornando dor...
Digo à minha alma então:
Por que se abate assim dentro de mim? É só esperar e ainda O louvará.
Espere! Espere sem duvidar,
pois, quem duvida é como a onda do mar que vai pra lá e pra cá; que vem pra cá e pra lá. Cante! Exalte! Adore e louve ao Senhor!
Mas, como cantar se as lágrimas que banham o meu rosto inundam, sem dó, o meu coração? Não posso não!
Como cantar se o pranto sufoca o louvor? Soluçante corro pros Braços do Pai!
Um lampejo de fé irrompe a paz
que em inércia jaz e pensar me faz:
Ele por mim morreu e prometeu que o choro, uma noite, até pode durar, mas, no alvorar a alegria virá.
O choro se esvai e o canto que da dor prisioneiro se faz em doce canção se refaz. Ah, eu posso sim!
Eu canto sim! Exalto sim! Adoro sim! Eu louvo sim!
Então, minha alma canta e se encanta nos cantos e recantos desse canto que só canto para Ti!
Absolutamente DELE!
Maria Muller.