ENCONTRO COM DEUS

ENCONTRO COM DEUS

Um dia, houve alguém que me perguntou

Porque é que em Deus, eu acreditava.

E respondi-lhe que até hoje, me bastou

Ver a beleza de tudo que observava.

A beleza do luar e das cintilantes estrelas

E corpos em órbita de aspeto controverso

Em tal numero que não conseguiria vê-las.

Deus tudo isso criou nesse imenso Universo.

Todos dias Deus em mim está presente

No cândido e alegre sorriso das crianças

No canto melódico do melro, ao sol poente

No homem que todos dias tem esperança.

Na suave harmonia das luzes e cores

Nos sons que nascem da natureza

Na aragem fresca e rica de odores

Que ao mundo dão vida e beleza.

No alegre canto das ribeiras cristalinas

Correndo ao encontro do imenso mar.

Nas ondas que lavam as areias finas,

Nas noites iluminadas pelo doce luar.

No "cosmo" de dimensões infinitas

No espaço enxameado de estrelas

Que enviam cintilações amortecidas

A sábios astrónomos que anseiam vê-las.

No mistério e segredos de tantas vidas

No lento germinar de simples sementes

Na complexidade de órbitas percorridas

Por cometas e planetas em movimento

No matinal orvalho que refresca a relva

Na passarada que esvoaça e nos encanta

Nos ativos cheiros que exalam da selva

No raiar luminoso do sol que se levanta.

Na beleza das flores que desabrocham

E perfumam jardins, matas e atmosfera.

Nas folhas e viçosos rebentos que brotam

Anunciando a breve chegada da primavera.

Deus é a Paz, a Luz e a nossa Esperança

É quem nos ajuda e dá alento ao aflito.

É um Pai eterno e amigo de confiança

Que nos criou e ilumina nosso Espírito.

Deus é justiça e bondade feito Amor

Que de si emana com total perfeição.

Soube perdoar ao filho, seu ofensor

E a inimigos a quem ofereceu o perdão.

Será que o amigo nunca identificou

O rosto sereno e calmo de Deus..?

Veja o lindo sorriso que embelezou

O olhar encantado, dos filhos seus.

Não há partida de que não se regresse.

E Só "corpos" em transito têm um fim...

A morte dos Espíritos nunca acontece,

Existem eternamente e nunca terão fim.

Algo parecido com os ciclos da natureza

Que ciclicamente surgem e são constantes

A folhagem cai de velha, sem surpresa

O corpo velho e gasto não vai por diante.

Todos os que semearam com bondade

E ajudaram ao seu necessitado irmão

Colherão a Paz, a Alegria e a Felicidade

Depois de cumprida a sua encarnação.

Viva.! quem labora em Paz e trás consigo

As dores e as calosidades da sua sujeição

Assim o Homem que plantar colherá o trigo

Espigas abençoadas que lhe darão o pão.

Irmãos assim podeis sempre sentir Deus

Se o Amor e a Fé lhes pulsar no coração.

Jesus Cristo a felicidade todos prometeu

Se dermos Amor e ajuda ao nosso irmão.

Eu sei que posso parecer um sonhador

Ao descrever assim o que via e sentia.

Mas Deus dá-me Paz, Alegria e Amor

Como um belo e doce canto de poesia.

Faro, 20 Junho 2015

gmarques

Gualberto Marques
Enviado por Gualberto Marques em 20/06/2015
Reeditado em 22/06/2015
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