-A cruz e a Poesia

Mataram-na numa cruz de braços

abertos e versos avessos.

Antes,porém, a poesia sorria

todos os dias pras ruas de Jerusalém.

Exceto,dias marcados na história

que seus versos foram em lágrimas:

"Jerusalém,Jerusalém que matas

os profetas e apedrejas os que te

são enviados! Quantas vezes quis eu

ajuntar os teus filhos,como a

galinha ajunta os seus pintos debaixo

das asas e tu não quisestes!"

Ah! Poesia! chocava de tristeza e

cada passo que dava esta realeza,

dava um passo a mais pr'a cruz!

Porém,pr'a crucificação dava,sim...

Mas com gozo na alma de fazer

à vontade do escritor.

essa poesia transformou vidas

sarou feridas

deu presentes de alegrias

rimou perdão e salvação

amou o povo de montão

com zelo e ensino todos os dias!

Em troca disto veio à multidão

e disse: "crucifica-a! crucifica-a!"

E a Poesia foi crucificada dizendo:

"Sorria! Tu estás sendo abraçado!"

A cruz fez à Poesia abraçar

o mundo inteiro com seus

versos de amor.Por isso,amar

esta poesia,eu vou,todos os dias.

Porque,ela mim amou primeiro.

Ministério_Poético
Enviado por Ministério_Poético em 22/04/2015
Reeditado em 22/04/2015
Código do texto: T5215813
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