RESSURREIÇÃO
Ressureição (18)
Todo espírito excede a essência da matéria,
que é miséria resumida, pobre, desfalecida,
onde a vida dela sai, e o corpo vira pó,
e enterrado fica só, no escuro, em cova estreita.
Da cruz, numa escada feita, seu corpo com mui cuidado,
desce de sangue banhado,deitado ali no chão.
Os pregos nas mãos cravados, tirados com sentimento,
e espinhos no crânio a dentro, produziram muita dor:
os espinhos de um arbusto,
dava aos presentes um susto, das feridas acolá,
viu quem esteve lá. Tudo isto por amor!
A muitas almas! muita gente! este sangue salvaria!
Por via da santa cruz, derramado no calvário,
algo extraordinário de valor imensurável,
por seu corpo tão saudável, tinham que Lhe traspassar.
Ninguém pensava porém, nem passava pela mente,
que ser vivente nenhum,
ou que defunto algum, da terra fria, voltasse.
Pois já bastante enterraram e somente D'um suspeitaram,
seu corpo inteiro trilharam, o santo Cristo em Jejum.
Num fino pano de linho branquíssimo, O enrolaram,
um corpo santo marcado por açoites e pancadas,
dadas sem piedade, a mando de poncio Pilatos,
que após julgados os fatos, ficou com suas mãos atadas.
Por ordem do comandante, colocaram vigilantes,
e seu túmulo selaram, e fortemente guardaram!
Na madrugada escura, um anjo apareceu!
No apogeu dessa história, que a vida nos trouxe outrora,
e que tão doce tornou-se para os seguidores seus.
Brilhou a luz do espírito, encantando os soldados,
fugiram amendontrados, indo logo aos fariseus.
zarparam muitos demônios, o inferno abalou-se,
o rei das trevas calou-se, e o céu inteiro parou,
só pra ver o Deus da vida, a batalha ser vencida
e de todos ser ouvida a voz: RESSUCITOU!