Lembre-se de mim no seu paraíso
Eu preciso lembrar todos os dias da sua dor
Dos meus pecados dilacerando sua carne
Da coroa da vergonha encravada no seu rosto
Da tonelada de pecados que pesava seu madeiro.
É mais fácil esquecer que aquele lugar era meu
E correr para o que minha natureza me inclina
Que reluz como ouro e engana tolos
Como eu que não consigo me lembrar daquela sexta-feira.
Cansei de brincar de ser teu seguidor.
Eu quero agora é carregar a minha cruz todo dia
Não mascarado como antes
Mas levando a minha vergonha para que todos vejam que eu te amo.
E chegará um dia que não haverá nem prantos nem dores
E nesse dia correrei por tuas avenidas douradas
Para os braços que estão sempre abertos a filhos pródigos como eu.
Se possível lembre-se de mim no seu paraíso.