Entre Palácios e Desertos!
Brota do chão fogo abrasador
Desce do céu nevoa de ardente calor
No deserto árido me encontro
Isolamento profundo
Areia escaldante
Ouço apenas do vento o sonido
Em lamento canta aos meus ouvidos
Visão se embaça, seca-se a garganta
Suplanta o delicado fio de esperança
Oasis sonhado, santa miragem
Míngua a valente coragem
O nada é o cenário
Ergue-se a voz em lamúria
Um grito de pavor e fúria
Treva infernal, castigo fatal
Hora final...
Contudo!
A fé floresce em pleno deserto
Lagrimas derramadas, um choro incerto
Molham o chão em sequidão
Amolece do Pai o coração
Olhos abertos para o horizonte
Nuvens surgem entre os montes
Suave se torna o caminho
Não me sinto mais sozinha
O amor maior de Deus a me guiar
Nitidamente seu cuidado a me mostrar
Das visões a mais linda e abissal
Castelo forte, refugio colossal
Abrigada e bem segura
Sinto paz para futuro
Tanto em palácios ou desertos
Passeio em jardins abertos
De flores e cores repletos
Protegida pela graça bendita
Entre palácios e desertos
A mulher frutifica!
Luzia Ditzz.
Campinas, 06 de Novembro de 2014.