O Filho do Carpinteiro
Não há história mais bela,
No universo inteiro,
Que se compare à de Cristo,
O filho do carpinteiro.
Em cada passo que ele dava
E nos milagres que fazia
Deus, o Pai, se revelava
E tudo em graça traduzia.
Na aparência, era singelo,
Não nadava em dinheiro,
Mas conhecia o flagelo,
Que afligia o mundo inteiro.
Carregou sobre as costas
As chagas da humanidade
E nas feridas expostas
Reafirmou sua bondade.
O príncipe que se fez pobre
E abriu mão da realeza.
Que, apesar de ser nobre,
Não se apegou à riqueza.
Foi ele que, por amor,
Anulou o julgamento
Que nos expunha à dor
E ao eterno sofrimento.
Cristo foi esculachado
Pelo povo que amou.
Mas, mesmo crucificado,
Aos seus algozes perdoou.
E quando ressuscitado,
Retornou ao Santo Lar.
Mas já deixou combinado
Que haveria de voltar.
Porém, antes de partir
Para a Celestial Mansão,
Revelou que no porvir
haverá consolação.
Era, enfim, mais um alerta,
Mais uma dura lição:
“Quem a vida me oferta
Sofrerá perseguição!”
Por fim, disse aos seguidores
Pra se manterem de pé,
Não temendo os opressores,
Nem negando a sua fé.
Pois no céu onde ele mora,
Lá no trono de Deus Pai,
Covardes ficam de fora.
Só corajoso é que vai.