O DESTINO DAS CHUVAS
Rosto amordaçado pelo sal das lágrimas...
E a alma também.
Lá fora tudo que convém são chuvas que se eternizaram
Trovoadas que um dia chegaram e temporais que não se vão jamais
Todos os sorrisos que já foram vendavais, escombros se tornaram
Levando de mim o que deixaram: ondas que afogaram já esquecida paz!
Pecados são dores, ódio é paixão que vingou...
E escravo me tornei.
Ortografias em relevo são ecos de um silêncio fracassado
Futuro que virou passado, herança de um pobre imerecido
Mais uma vez nas chuvas renascido, desiludido e despedaçado
Vendido e recomprado, amado pelo mal de amor perdido!
Até que ventos soprem paz
e o Cais me atraque em si.
Até que perca-me no horizonte que me apresente outro em mim
E o clarim da salvação seja o destino dessa chuva
Além da linda e impossível curva, onde uma Cruz finda meu fim
Até que eu finalmente diga sim e enxergue a Cristo além da nuvem turva!
"Se confessarmos os nossos pecados, Ele (Jesus) é fiel e justo para no perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (I João 1:9)
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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor
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