O DESTINO DAS CHUVAS

Rosto amordaçado pelo sal das lágrimas...

E a alma também.

Lá fora tudo que convém são chuvas que se eternizaram

Trovoadas que um dia chegaram e temporais que não se vão jamais

Todos os sorrisos que já foram vendavais, escombros se tornaram

Levando de mim o que deixaram: ondas que afogaram já esquecida paz!

Pecados são dores, ódio é paixão que vingou...

E escravo me tornei.

Ortografias em relevo são ecos de um silêncio fracassado

Futuro que virou passado, herança de um pobre imerecido

Mais uma vez nas chuvas renascido, desiludido e despedaçado

Vendido e recomprado, amado pelo mal de amor perdido!

Até que ventos soprem paz

e o Cais me atraque em si.

Até que perca-me no horizonte que me apresente outro em mim

E o clarim da salvação seja o destino dessa chuva

Além da linda e impossível curva, onde uma Cruz finda meu fim

Até que eu finalmente diga sim e enxergue a Cristo além da nuvem turva!

"Se confessarmos os nossos pecados, Ele (Jesus) é fiel e justo para no perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (I João 1:9)

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 29/05/2014
Reeditado em 29/05/2014
Código do texto: T4824117
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