SÚPLICA
Súplica
Jorge Linhaça
Arandú 24/05/2005
Ajoelhada com a alma a derramar-se
A mulher suplica a ajuda divina
Desnuda de corpo e alma a penitenciar-se
Com a simplicidade d'uma mulher-menina
Seu corpo genuflexo em oração
silente despeja sua carga de emoção
Sua face contrita denota toda a agonia
De quem na vida perdeu-se da alegria
Seu cansaço é de alma e de corpo
perdeu nos seus dilemas seu escopo.
A angústia lhe invade todo o ser
A alegria teima em se esconder
Busca nesse ato reencontrar a serenidade
conseguir re-aprender suas verdades
numa insistência nela sem precedentes,
quer cura para alma e corpo doentes
E nesse ato afinal tão sublime
encontra a paz que a todos redime
A sua alma à pouco tão amargurada
Renasce na mulher , revigorada
E a chama da vida volta a brilhar
pois preparada está, para outra vez,
AMAR