Postura de Mulher cristã!
Jovem, repleta de projetos e sonhos,
Ana! Não imaginou uma vida sem filhos,
E nem o matrimônio um mundo tristonho.
Mas, a vida lhe nega a benção da maternidade,
Estéril, se sente inferior e rejeitada,
Ainda que, pelo esposo fosse muito amada.
Trazia n’alma angustia e no coração a frustração,
Não embalaria uma criança em seus braços,
O choro de um bebê não ouviria com emoção,
Não receberia do fruto do ventre um abraço,
Não seria chamada de Mamãe!
No entanto, confiante no Deus do amanhã,
Assume a postura de mulher Cristã.
Com amargura de alma, a Deus orou,
Chorou abundantemente, aos pés do criador.
E um voto audacioso propôs ao Senhor.
“Se benignamente atentares para minha oração
Ao desgosto da tua serva, trazer consolação,
De mim se lembrar e um filho homem me der,
Ao Senhor, todos os dias de sua vida eu lhe ofereço,
Jamais passará navalha em sua cabeça.”
Considerada embriagada, por Eli, o profeta,
Ante suas indagações, responde com firmeza,
Ao Senhor derramo a minha alma inquieta,
A dor que me perturba e a minha tristeza,
Apresento a Deus com toda franqueza.
Ele a abençoa e diz:
“Atente o Senhor para a sua petição,
Que Ele realize o desejo do seu coração. ”
Ana responde:
“Ache a tua serva graça aos olhos do Senhor,
Nada mereço, mas creio no seu grande amor.”
Feliz, retira-se do templo, sossegada.
No semblante irradia alegria,
De alimento se fartou nesse dia,
E o Senhor se lembrou da filha amada.
Em pouco tempo, vê transformando seu corpo,
No ventre um bebe e no coração a confiança,
A oração é a arma que protege e traz conforto.
Em seus braços a criança, na alma um sorriso,
E hora cumprir o voto prometido.
De volta ao templo, o altar ela contempla,
Os seus olhos choram de alegria,
Admirando a face do profeta Eli
Feliz da vida, Ana lhe diz assim:
“Ah, meu senhor, como é bom encontrá-lo vivo,
Eu sou aquela mulher que aqui esteve contigo,
Por este menino orava ao Senhor,
Ele atentou para sua serva, ouviu o meu clamor.
Prometi entregá-lo ao serviço do mestre,
Por todos os dias de sua vida terrestre.
Servirá no templo com dedicação,
E adorou ali ao Senhor, o pai da consolação...
Quantas mulheres Ana ainda existem?
Submissa e confiante em Deus Javé,
Seu testemunho silencioso, seu exemplo,
Muda o rumo da sua historia através da fé.
Chora de dor, mas volta compondo hino de gratidão,
Para a família é o sal da terra, sol que brilha,
Domínio próprio, consolo, compreensão,
Sabe quando agir e livra os seus de armadilhas.
Encontra-se disposta sempre a trabalhar,
Com palavras doces sabe o triste alegrar.
Fiel ao evangelho e as sãs doutrinas,
Trabalha na obra do senhor, sempre contente,
Afasta-se do pecado, conserva a disciplina,
Dobra os joelhos, traz a palavra de Deus na mente.
Sempre agradecida, em meio às tempestades,
Ou quando surge no céu o arco Iris.
Não importa as circunstancias,
Ela é consciente e conserva com firmeza:
“A postura de mulher Cristã diante da família e da igreja.”
Luzia Ditzz,
Campinas 27 de março de 2013.