SUBLIME AMIGO


Quando me debati em noites de tempestades,
Abrandastes os ventos que açoitavam meu coração...
Quando caminhei a esmo pela escuridão,
Adentrastes em meu caminho como facho de luz,
Incandescente e inebriante...


Quando chorei dolorosa e inconsolavelmente,
E lastimei por tão amargos desatinos,
Inclinastes os Teus ouvidos aos meus lamentos, 
E carinhosamente secastes os meus prantos...


Quando em dores, num parto complicado,
E a presença da morte rondava o meu quarto,
Notastes o meu olhar angustiante de dor e de temor,
Tomastes a frente dos médicos e enfermeiros que,
Confusos, agitavam-se preocupados...
E Tu, trouxeste a luz o meu filho!


E, erguendo-o nos braços me mostrastes,
E eu, cansada, débil quase desfalecida,
Com a máscara da dor ainda no rosto estampada,
Esbocei um leve sorriso e adormeci...
Num sono tranquilo e mágico...


Tantas e infinitas foram às vezes que me socorrestes,
Sem questionamento, ignorando meus pecados tantos!
Que mesmo que eu andasse de joelhos sempre,
Em atitude de agradecimento,
Não pagaria tanto amor, e despreendimento!


Hoje quando os anos pesam no meu corpo,
E sinto-me cada vez mais cansada a cada dia,
Sinto o Teu olhar sobre mim, Senhor,
Que com um sorriso me encorajas a seguir...
Como a me dizer tranquilamente:
----Descansa filha... Estou aqui!




 
Sonia Maria Piologo
Enviado por Sonia Maria Piologo em 21/09/2013
Reeditado em 09/04/2014
Código do texto: T4492325
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